terça-feira, 18 de agosto de 2009



Caio Fernando Abreu & Cazuza

domingo, 16 de agosto de 2009

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

"Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem".

Entre perguntas e respostas descobrimos que não somos tão diferentes do que sempre sabemos. Senhores, não estou falando de um filme que sempre passa nas redes de televisão, estou falando do que é de verdade. Horas confundem, horas fortalecem os laços... isso senhores, elas... as perguntas simples. Me pego eufórica agora, não consigo dormir. “ Lembra que o sono é sagrado”... sempre lembro. É que as vezes, na nossa vida, o que parecia ser nunca foi e, no momento tudo parece ser. Não estou conseguindo ser clara. Nem sempre consigo. Pra falar a verdade nem quero. O gostoso é o que fica na caixinha da memória. Gosto de levá-los comigo no pensamento. Prendendo-os pela leitura, já que essa é a única forma de termos a vida junta em algum ponto. Já foram tantos pontos.... Todos nós erramos, não é mesmo? Nunca soube lidar bem com as conversas. Quando diz respeito a mim que sou eu e a outra parte que somos nós, nem só eu ...como nós não sabemos. Não sabíamos conversar numa boa. nós , sempre com guarda levantada, como se fosse um início de briga. Talvez medo.Nunca soubemos como seguir uma linha azul. As pessoas crescem senhores. Crescem. " -É de se entregar a sorte." Assim como a distância separa a vontade de um abraço forte, de olhar nos olhos... Tanta coisa senhores. Tanta coisa. Cada vez sinto que, olhando em meus olhos no espelho, olho nos olhos do tempo, da distância. Sinto também o nó em nós. Tão iguais e tão diferentes. Fortes. Grande Pequena; Pequena Grande. Sem ordens, sem jeitos, sem nada. Tudo é tempo, é distância, é saudade, é cheiro, é música, lembrança. Nada como, depois de tanto tempo, uma conversa de verdade. É tudo muito nosso senhores. Meu, seu, nosso. Não sabemos de nós porém, sabemos. Nós, amizade.

"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim" [Caio Fernando Abreu.]

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Metade

Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Porque Era Ela, Porque Era Eu

Chico Buarque

Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu
Porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando pela mão

Íamos todos os dois
Assim ao léo
Ríamos, choravamos sem razão
Hoje lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu

terça-feira, 4 de agosto de 2009



Hoje acordei com vontade de morrer só um pouquinho sabe? assim, sem razão. Lembro e me vejo no que tinha de ser, sendo sem ser... nada. Sonhei tanta coisa e ainda sonho. Talvez seja isso. É, talvez. Até quando chovia, o sorriso... Choveu de novo. a noite ficou tão distante do dia... a cama ficou grande... ah, fez frio também sabia? em meus braços... o travesseiro. Confesso ter tido um pouco de medo também. Hoje acordei com essa vontade sem... cor. Agora, exatamente agora, estou com muitas saudades. Eu sei que você sabe disso e de tantas outras coisas que nem foram ditas... é que hoje, sinto uma falta de um grande homem,amigo , tio, que me ensinou a rodopiar na música... Hoje, agora, me deu uma coisinha assim... Saudade da mulher que deu a vida a minha mãe...
Talvez essa melancolia toda esteja mudando o rumo desse escrito, o que não sei ao certo... o que é rumo? Talvez tanta coisa também. será que quando vivemos a cada dia, morremos mais um pouco? Vem... vamosviver mais. Vem, vamos ver o mar... não esse que sai dos meus olhos agora. Vamos mergulhar com as cabrochas nas rodas do bom e velho samba.


É só saudade...