segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mais Um Gole.

Enquanto essas horas de mais uma noite mal dormida, ou melhor, não dormida, corre, viro mais uma golada de vinho no gargalo. É coisa de moça virar o vinho no gargalo? Talvez minha mãe faria essa pergunta. Outra pessoa qualquer, com um Também bem grande. Que besteira! As Moças podem tudo. Isso mesmo, Tudo. Todos falam de regras. Prefiro chamar de regra, aquilo que nós mulheres passamos todo mês até certa idade. É, minha avó falava assim. Ela falava tanta coisa de maneira diferente de como se diz. E eu observando. Era muito bom. ‘Era’. Ô palavrinha que bate forte na cara. Depois de ficar olhando pra tela em direção a ela, de três letras, me deu fome. De comida, de vida, de bebida não. O vinho nem acabou ainda. A minha relação com ele agora, é a única segura nesse futuro do próximo minuto. Lembrei daquele escrito seu. Aquele guardado na minha carteira, lembra? Ah,Não. Não é esse que você lembra . Vinhos-maçãs,luxúrias,trovões,lambidas e mais um toque de qualquer coisa que não me recordo agora. Seria o gosto da Amora? É o outro! Aquele do passado de dois no ímpar. – viro mais um gole desse vinho de nome francês. É isso mesmo, pra tá mais perto mesmo com essa distância, de quem beberia ele todo comigo agora. Estou falando agora de saudade. Do era, das goladas de vinho, das madrugadas, conversas e silêncios. Uma ligação me diz que vem. Minha chamada dá caixa postal. Essa palavra ligação me lembra de muitas coisas. Não senhores, não falo só de telefonemas. Da mesma forma que a caixa postal, não é respondida por uma voz desconhecida. Pra falar a verdade, detesto aquela voz. Vamos nos “periquitar” para a noite de estrelas. Sim, da lua. Pés descalços? Só se for pra pisar firme em Marte. Meus rastros ficam espalhados no dentro de cada mundo. E assim, “acabou chorare”. Ah, que música gostosa. É um tesouro. Isso, música é um tesouro. E o dia vai acordando... e eu,melada pelo mel daqueles olhos. Olhos de cobra, de Mar, de folha, de gente. Me deito com uma saudade, uma certeza, um querer, tudo só meu. Abro um sorriso e falo: “ -Hakuna Matata”.
‘Paris’ tá bem dentro do meu peito. Pra sempre. A garrafa ficou vazia.