sexta-feira, 20 de agosto de 2010

“ A menina que roubava as estrelas.”

Meus textos não passam de rabiscos. Coisas que saem assim, voando por aí. Vou me perdendo nas palavras e nas intenções. É que fica muito difícil de conduzir o que não é palpável que sai explodindo por aí, pelas esquinas da vida. Me lembro de uma música agora, Na Esquina da banda Dellas Frias -“ eu parei pensei não sei... “-. Não sei. Engraçado como cada música me leva a cada cena ligada em outra música. Penso agora em Argila do Carlinhos Brown - Ê zuzuê.
Ê zum, zum, zum -. Vou mergulhando em cada imagem. Crio velas, vinhos, mar, e mais um monte de coisa, que aos meus olhos são especiais. Tem vezes que nada adianta. Não adianta nada. Existem sempre mistérios, abandonos, dores, paixões, borboletas, sol, céu ... – tanta coisa. Nunca sei por onde ir. Tenho vodka e não tenho vinho. Nem cigarro. Não quero nada disso agora. – mordo uma maçã para aliviar esse pigarro. Minha cabeça pesa de tantos segredos meus. Invento meus dias inteiros e a noite...- ah, à noite! Sedenta. Melhor hora de se viver. Se é que existe alguma hora boa para isso.

Viver pesa de vez em quando, sabia? Da mesma forma que os dias se alongam. As Noites diminuem. É tudo junto e misturado.

Não vou falar de dor. Nem quero. Choro, se n durmo, no amanhecer do dia. É lindo! O Samba cura. Pensando nisso, outra música me vem na cabeça. Déjà vu de Rita Ribeiro. A lágrima cai descompassada. –Eu não estou triste. Sabe aquela lágrima da lembrança? É o tempo. Ela canta “deixa ver eu a ti, apreço com você, que parece eu, há muito tempo.” – Penso na chama da vela agora. E em tudo o que crio e vou criando por cima. Confesso que meu mundo é bem complexo, o que não é novidade. Mas o Sol escurece lindamente, tudo vira ao avesso. São sonhos doces, senhores. – estou realmente emocionada. Já não sei por onde ir. As esquinas ficaram longas. Tudo perdido e achado no mistério que é viver. Vou dormir com o meu silêncio. – Um Beijo! Termino ao som de “Lua Branca – Chiquinha Gonzaga”, o resto é “Saudade –Maria Bethânia e Lenine”!

- esse desenho foi um presente de uma grande amiga. Segundo ela,essa menina sou eu.rs.. desenho de título do texto.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Um Lá Maior.

Meus passos seguem as gotas da chuva. Vou de encontro a elas,às vezes, subindo essas ladeiras estreitas que a vida me carrega.O vento sopra frio. Meus cabelos dançam, meus braços esquentados pelo calor de dentro, sigo sem medo.Não tem nada a ser explicado. Vou cambaleando, pulando nas poças, rodando o mundo inteiro várias vezes por segundos. Me surpreendo de como tudo me invade. Uma ponta ta aqui guardadinha, a outra também. Vejo meu dia raiar pela janela que pisca de cor laranja. Antes, no nosso antes, eu não percebia nem sentia como esse antes de agora. Os números se misturam, sou 8, 7; sou 7,8. As músicas e na nossa vida, na parte que é minha e na nossa parte que vive em mim. De Outubro até Agosto... são tantos gostos. Boto a água no fogo, você côa o café. O tempo passa e nada passa. Brincadeiras sérias que são guardadas nesse cantinho que esquenta cada vez mais, independente de distância-tempo. Quando pergunto, às vezes, me pego respondendo. É uma sintonia tão grande... tão singular nesse plural.Sá! Sapeca. Tudo dentro. Somos uma só de mim, de você. “Meu colega falou comigo: -gata, você gosta de carlton ? – Não muito, gato. Minha preferência é LA. – óia, muderna! – respondi com o meu sorriso.” E assim as horas passam, o dia quase amanhece, e eu... Eu vou rodar o mundo inteiro de novo, pelo menos umas 87678 vezes, antes de dormir.Sinto borboletas. Me basta.

Tempo.