O passado é só o presente que passou. Eu sei que as palavras sempre ficam no presente, quando escritas. Ditas, o vento leva e deixam de existir depois de um tempo, até mesmo na lembrança. Enquanto releio algumas coisas escritas do presente que já passou, me faltou ar de tanta coisa junta e existida em cada letra.
O dia hoje foi estranho. Sabe quando a cor cinza prevalece por todo canto da cidade? Pois é. Exatamente desse jeito. Tristemente assim. Mistura de dia com noite e é primavera. Não gosto desse tipo de mistura. Dia é dia e noite é noite. Nem sempre faz bem misturar as coisas. Seja o que for. Bebidas, pessoas, sentimentos e mais um monte de tudo, que quando só, preenche do tanto certo. Nós sabemos do tanto que é certo.
Sigo meu coração. Ruas particulares. Não é possível que... Dizem o contrário e eu nem ligo. O sorriso, olhar, toque e tempo. Tudo se perde e se acha o tempo todo. Não me preocupo. As cartas me dizem uma coisa. Minha intuição diz as mesmas coisas. Eu espero. Deito-me no chão e acalmo o relógio lembrando dos sons prazerosos.
Raios solares, raios de chuva e muitos trovões. Tudo dentro do que faz parte de nós que sou eu. Sorriu delicadamente ao ver os papéis pegarem fogo.
Fogo, Cores e Sons!