segunda-feira, 27 de abril de 2009

Alguém que tem saudade...

Hoje acordei saudosa... na verdade, tenho estado saudosa. O tempo que vai e deixa marcas de um passado confuso, feliz, incerto, brincalhão, azul.
Éramos nós. Explicitamente incógnitas. Complicações diárias. Intactas retinas sorridentes, sabemos, sabemos,hahaha. Á que será que se destina tudo isso? Isso, passado pelo passado remoto, nas estrela, lua, no cheiro das noites escuras. Não existia escuridão ou claridade. Éramos nós.
Os parapapás de cada esquina dobrada. Cada golada, coisas inusitadas. Suco doce e leve de amora. Palavras formadas de gozações contínuas. Era o “ Devajú de molhão potocó “. Leves, frios, farpas, evidências, parapapás.
É melhor nem pensar como aconteceu. Aconteceu... o início de encontro de olhares num bar. A janela da alma foi aberta. Tudo foi se envolvendo. O samba. O amor. Sem tempo. Sem correria. Pouco importava as horas... toda hora era hora.
- Bom dia meu senhor. Bom dia minha senhora. [ continência, bate palmas] Rala bosta
- Corre amiga, ele vai te molhar com o balde d’água.
– segura a bola merda.
– amiga, to na requenguela.
– Sééééééééério?
- uaaaaii me abane.
– Depressão!
- Jhoga, jhoga, jhoga.
– nira, leida...
- complexo.
Hahahaha...
- solidãooooo ..
- Ôôôô Bebê Joe
– sabe gente...
- flor minha flor...
– eu posso gritar e ninguém vai em ouvir.
- Arrasou!
-ííííibix....hahaha
– tanta coisa gente, tanta coisa...! hahahahha.........
Tanta coisa mesmo . Foi crescendo e absorvendo cada um. Mais pureza, mais carinho, calma, alegria, verdades. A canção se fez mais clara e sentida. Sinto cheiros. Nós, sempre nós.
Na verdade, todo esse escrito, não chega a nem um ponto do que realmente foi e é. Tantos pontos... São coisas que não se expressa em palavras porque os sentimentos sabem. Os olhares falam. Nós sabemos.
Éramos nós. Somos nós. Seremos sempre nós.



" Nó forte de tudo que cruza."
[ P.M.C.]

" Juntos somos nós, sós não somos não."
[Cascadura]


Amo além do amor!

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